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Mafalda Crescida no divã
Há quem diga que mulheres, quando são amigas, ficam insuportáveis, porque concordam sempre uma com a outra e não se desgrudam.
Há quem diga que as mulheres são falsas e fofoqueiras. Há quem diga que as mulheres brigam, discutem, se desentendem, mas nunca deixam de ser amigas. A verdade é que é muito bom ter amigas. A cumplicidade, o carinho e a compreensão que pode acontecer entre duas mulheres são das coisas mais lindas que somos capazes de alcançar.
A vida nos apresenta milhares de pessoas e cada uma delas vem cumprir um papel conosco. Todas elas ficam na nossa memória, nos nossos hábitos, nas nossas fotos, nos nossos guardados e no meio de tudo que se sente de dor ou de prazer. Eu tenho saudade de todas as amigas que já tive na vida, mesmo aquelas que me machucaram. E tenho saudades de mim mesma quando lembro de alguma amiga que perdi. Aquela amiga desbocada que se mete em encrenca, mas faz você rir muito. Tem aquela outra que é chorona. Aquela para quem você conta absolutamente tudo, sente que foi entendida e sai aliviada.
Aquela que te dá broncas e manda você parar de roer as unhas, que não tem vergonha de dizer que te ama, que apresenta os melhores caras, que passa com você o momento mais difícil da sua vida, que liga todo dia.. Tem aquela que te abraçou em silêncio e sentiu você chorar, que faz tudo que você pede, que ouve quando você está apaixonada e passa horas falando do mesmo assunto e aquela outra que exige a sua atenção. Tem também aquela que apóia as suas loucuras. E a outra que reprime você em quase tudo.
Tem aquela idealista, com quem você discute horas os problemas existenciais da humanidade. Aquela que só liga no dia do seu aniversário e que mesmo assim você adora. Aquela que parece sua mãe e vive para te dar conselho. Tem também aquela por quem você sente um carinho enorme desde a primeira vez que viu. Aquela que te deu o conselho certo, que você não ouviu. Aquela que presenciou o maior mico, segura seu braço quando você tropeça ou quando vai atravessar a rua sem olhar. Aquela que irrita, mas que você não imagina a vida sem ela. Aquela que defende você de tudo e de todos. Aquela que sempre traz um presentinho. Aquela que chora a sua dor. Aquela que era a mais chegada, mas some..
E aquela que é uma irmã para você (pra mim, a Pat). E tem também a melhor amiga, aquela, que é simplesmente aquela. (AQUELA e não aquela…rs)
Um grande beijo para as amigas que vierem a ler isso, para aquelas de muito tempo e para aquelas que tive o prazer de me relacionar recentemente, para aquelas que estão perto e longe de mim, para aquelas que eu lembro a todo minuto e nem sabem disso. Digo, sem piscar, que a vida vale a pena por causa da amizade!!
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não é que se sentia diferente. se sentia isolada. se sentia esquivada de lado. era sempre assim. esses dias de tpm a deixavam mais sensível. então achava que o mundo todo estava de complô contra ela. era assim e ponto. chorava porque se achava isolada. mas não era nada disso. as pessoas estavam vivendo a sua vida.
tinha ciúmes dos amigos. das parcerias. de um amor dado com tanta facilidade. e achava que ela tinha que ficar conquistando os amores sempre. porque não se sentia capaz de ser amada. estava assim. se sentindo umbiguista. se sentindo um pouco inútil e insensata. triste até. não sabia direito decifrar esse sentimento. sabia que ele estava ali.
havia passado algumas horas com boa companhia. sorria de vez em quando. mas o mundo não parava. e a companhia estava demasiadamente se importando com outros pensamentos. e ela pensou – Viu. não sou importante. Não gostava de se sentir assim. Sabia que era o Sr. Vazio voltando. e ocupando alguns espaços. mas sofria. O mundo estava girando e ela se sentia como Sofia presa dentro do livro. Sem poder sair.
Era só uma questão de ponto de vista. Fazer-se de vítima ou continuar a trilhar esse caminho que ela tanto não gostava.
por vana_gwen no divã
Divas no divã 